segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

História da Vaquejada

"Vaquejada é um esporte, do nordeste brasileiro,
tem mulher e tem vaqueiro que gosta de forrozá"

NO NORDESTE DO BRASIL, COMO TUDO COMEÇOU
Pelos meados da década de 40, mas sem registros precisos de data, a corrida de mourão começou a se tornar um esporte popular na região nordeste, na medida em que os vaqueiros das fazendas do sul da Bahia ao norte do Ceará, começaram a tornar público suas habilidades e de seus cavalos na lida com o gado. O rebanho, criado solto na caatinga e no cerrado, era manejado pelo sertanejo com muita dificuldade, devido a quantidade de espinhos e pontas de galhos secos que entrelaçavam seu caminho; os laços quase sempre ficavam atados às selas enquanto os vaqueiros faziam verdadeiros malabarismos, com o animal em movimento, para escapar dos arranhões e derrubar, pelo rabo, o animal que estivesse precisando de alguma assistência. Com o passar do tempo as montarias, que eram basicamente formadas por cavalos nativos daquela região, foram sendo substituídas por animais de melhor linhagem. O chão de terra batida e cascalho, companheiro dos peões aboiadores "de sol a sol", deu seu lugar a uma superfície de areia, com limites definidos e um regulamento. Uma banda de forró, dois repentistas e muita mulher bonita, acabaram fazendo do nordestino de hoje, sem o laço e sem o gibão, um desportista nato e orgulhoso de suas raízes. Com o passar do tempo, o esporte se popularizou de tal forma que existem clubes e associações de vaqueiros em todos os estados do nordeste, calendários com datas marcadas e até patrocinadores de peso, dando apoio aos eventos, que envolvem um espírito de competição e um clima de festa capaz de arrastar multidões e "embreagar" de emoção quem dele participa.

A vaquejada é a festa mais popular e tradicional do ciclo do gado nordestino. De início a vaquejada, marcava apenas o encerramento festivo de uma etapa de trabalho. Reunir o gado, ferá-lo, castrá-lo e depois conduzi-lo para a "invernada" onde ainda existissem pastos verdes - esse era o trabalho essencial dos vaqueiros. Os coroneis e senhores de engenho, após perceberem que a vaquejada poderia ser um passatempo para as suas mulheres, e seus filhos, tornaram a festa um novo esporte.

Quando perceberam que a vaquejada poderia ser um esporte os coroneis e senhores de engenho começaram a organizar algumas disputas, onde os participantes eram os seus vaqueiros. Atualmente, a vaquejada é uma festa que se comemora sobre um cenário em que dois personagens essenciais são os bois e o vaqueiro.



Estas festas tinham como principais características:

- Os participantes eram apenas os vaqueiros dos coroneis.
- Os coroneis faziam apostas entre si.
- Não existiam as famosas inscrições.
- Não existiam premiações para os campeões
- Os coronéis davam um "agrado" para os vaqueiros que ganhavam

Após alguns anos de vaquejada como sendo um esporte restrito aos vaqueiros de senhores de engenho ou de coroneis, pequenos fazendeiros começaram a promover algumas vaquejadas, onde para se participar era preciso apenas que se pagasse uma pequena quantia em dinheiro, e era concedido ao vaqueiro que tinha pago, a oportunidade de se participar da festa, algumas regras foram criadas para este novo modelo de vaquejada. Cada dupla teria direito a correr três bois, onde o
primeiro boi teria um valor de pontuação correspondente a 8 (oitos) pontos,o segundo boi 9 (nove) pontos, e o terceiro boi valendo 10 (dez) pontos, estes pontos eram somados e no final era feita a contagem de pontos, a dupla que somasse mais ponto era considerada a campeã, e recebia um valor em dinheiro. Este tipo de vaquejada foi, e ainda é popularmente chamado de "Bolão".

Aqui estão algumas palavras tiradas dos peões da VAQUEJADA no Nordeste:
Peitoral - É a faixa de couro para proteger o peito do animal de possíveis acidentes na pista.
Véstia ou gibão - Espécie de casaco que o vaqueiro veste sobre a camisa.
Guarda Peito - Tem a finalidade de proteger o tórax do vaqueiro. É ligado por correias ou tiras em forma de X, po trás dos ombros.
Perneiras ou guardas - O vaqueiro veste para proteger-se até a cintura contra espinhos ou
outros riscos em sua ação na pista.
Boi riscado - Quando o boi pára bruscamente.
Mandioqueiro ou Jacu - Vaqueiro iniciante.
Afundar a mão - O vaqueiro impulsiona mão para baixo no momento em que se prepara para
derrubar o boi.
Sair do boi - Cavalo bom que muda de direção na hora da derrubada.
Queimado - O boi que cai tocando a marca de cal nos 10 metros.
Boi chiado - Boi de fora para dentro da faixa.
Afrouxar - Abrir a mão na hora da derrubada.
Abrir a tampa - Soltar o boi.
Rabo da Gata - Vaqueiro chamado e não comparecido, ficando, então, para correr no último
rodízio.
Valeu Boi - O boi foi válido e os pontos são computados para o final.
Arrocha o Nó - Não abrir a mão no momento em que for derrubar o boi.
Zero - O boi não foi válido para a contagem de pontos.
Ficou no meio - O vaqueiro cai do cavalono meio da faixa.

REGRAS
Numa pista de 120 metros de cumprimento por 30 metros de largura demarca-se uma faixa aonde os bois deverão ser derrubados. Dentro deste limite será válido o ponto, somente quando o boi, ao cair, mostrar as quatro patas e levantar-se dentro das faixas de classificação. O boi será julgado de pé; deitado, somente caso não tenha condições de levantar-se. Participam desta competição sempre uma dupla de vaqueiros que terá direito a ter inscrito o animal designado para puxar em apenas uma vaquejada, estando o esteira permitido a participar de duas provas. O boi que ficar da pá para frente , em cima da faixa receberá nota zero de imediato. A disputa do Campeão dos Campeões será feita na ordem decrescente, ou seja, da última colocação para a primeira.

Como é a soma dos pontos?
A Vaquejada começa na Sexta-feira, o treino ou o reconhecimento da pista. No Sábado inicia a seleção ou classificação das duplas de vaqueiros, cada dupla enfrenta três bois. O primeiro boi vale em 8pontos, o segundo 9pontos e o terceiro 10 pontos. Isso Totaliza 27 pontos. No Domingo começa de novo só que o numero de pontos são diferentes. O primeiro vale11, o segundo12 e o terceiro13. Com isso somam 36 pontos, somado com os pontos anteriores ( 27 pontos ) é igual a 63 pontos. Os 20 melhores colocados concorrem para ver quem é o campeão.

Como é na pista? O que acontece?
A "pista" nada mais é do que um brete, um curral e a pista ( que tem 150m e de largura começa com 12m e termina com 42m).

A dupla tem que derrubar o boi entre as duas linhas ou faixas que tem 10m entre uma e outra. Cada dupla tem o vaqueiro de esteira ( aquele que ajuda o puxador, ajeitando e alinhado o boi na pista ), o puxador ( puxa o boi pelo rabo e derruba entre as linhas ). Se o puxador derrubar o boi entre as faixas então "Valeu boi" e a dupla ganha seu respectivo ponto.

Corrida
"Boi saído é boi corrido". Expressão muito comum entre os locutores de vaquejada. Traduzindo diz que, a partir daquele momento, uma vez solto, o boi tem todas as condições de ser convertido em pontos. Exceto se durante o percurso ele virar sua cabeça em direção ao ponto de partida ou acontecer um acidente com o cavalo.

O puxador, após a saída do boi, aguarda a passagem de sua calda pelo "bate – esteira ", que está naquela posição para alinhar a corrida e conferir a queda no meio das faixas, fazendo valer o boi.

A festa é toda dos vaqueiros, mas há quem diga que no que diz respeito a habilidade, a proporção é de 50% para cavalo e cavaleiro. Logo, um bom vaqueiro não consegue se apresentar sem um cavalo bem adestrado. O mérito de uma boa apresentação não fica somente com o puxador e o seu cavalo, mas sim com o cavalo de esteira, que além de ter o mesmo valor comercial, por algumas vezes "rouba a cena", impedindo com o próprio corpo que o boi role para fora da última faixa e ajudando o puxador a derrubar, desequilibrando o gado com uma pancadinha sutil antes da carga.

Normalmente a competição é disputada em dois dias, num total de 6 bois por cada inscrição feita. Os três primeiros valem, respectivamente, 8, 9 e 10 pontos e são corridos no mesmo dia. Os de 11,12 e 13 pontos, são corridos no dia seguinte. A disputa de prêmios acontece entre os mais pontuados, com 1 boi para cada, em sistema de eliminação. O vaqueiro que não estiver presente na hora de sua chamada, fica para o "rabo da gata", ou seja corre no último bloco, após todas as chamadas, os seus bois perdidos, consecutivamente.

Em algumas situações, se durante a corrida de "rabo da gata" o vaqueiro perder algum boi e todas as vagas de prêmio já estiverem preenchidas, ocorre a "morte súbita", que é a desclassificação sumária, pois mesmo que ele pontue dalí pra frente, sua soma ainda assim será inferior ao do último candidato a prêmio. Entretanto, em circuitos de etapas com somatório por ponto corrido, é dado o direito ao participante de correr todos os seus bois. O valor dos pontos e a maneira com que a competição é conduzida pode variar um pouco de região para região, mas o exemplo dado ilustra bem de perto o objetivo da festa:" Derrubar o boi na faixa".


Cavalos
Os mais preferidos são os da raça QUARTO DE MILHA, puros ou cruzados com PSI , ÁRABE, ou APPALOOSA. O cruzamento, além de ser responsável por mais de 80% do plantel de eqüinos de competição nesta modalidade, vem se destacando por produzir animais de extrema docilidade, versatilidade, agilidade e vigor físico.

O treinamento começa assim que o animal tiver condições de ser montado e após a castração, normalmente feita depois dos dois anos de idade. O freio e o bridão, muito usados nas outras regiões do país é substituído, aqui, pela "professorinha", um instrumento de doma articulado que pressiona, por alavanca, a parte superior das narinas do animal. Na proporção que a doma é completada, o animal é posto na porteira do brete com a finalidade de aprender a esperar pacientemente a partida do boi, sem se assustar com solavancos ou barulhos. Partindo ao mesmo tempo, nem antes nem depois. Sua obrigação a partir daquele momento é acompanhar qualquer movimento do boi "pescoço a pescoço" até as imediações da primeira faixa, quando deve acelerar o máximo que puder, correndo em uma diagonal (quase perpendicular) para o lado oposto, finalizando com uma parada estanque tal como nas provas de rédeas, e , o mais próximo possível da cerca. Em outras palavras, quando atingir este estágio, após aproximadamente um ano de treinamento, o animal estará formado e pronto para competir e se aprimorar até sua maturidade total.

É bom lembrar que os eqüinos lembram muito os humanos. Têm preferências, manias e quanto mais inteligentes, aprendem com mais rapidez a se defender das ordens e dos comandos impostos. Fazendo, as vezes, deixar de valer a pena investir mais em treinamento.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cavalo Quarto de Milha conquista o nordeste brasileiro, diz ABQM



Com plantel de cerca de 80 mil cavalos e crescimento médio anual de 20% no registro de animais nos últimos três anos, o nordeste tem despontado como um dos mais importantes mercados para cavalos Quarto de Milha.

A região conta com mais de 15 mil proprietários de animais da raça e registrou salto no registro de animais nos últimos cinco anos. Enquanto em 2008 foram registrados mais de 4,5 mil cavalos Quarto de Milha nos nove estados nordestinos, em 2013 esse número cresceu para 7,7 mil animais.

A valorização dos cavalos QM na região é um dos fatores que sustentam esse crescimento, na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), Marcelo Ferreira. Segundo ele, em 2013 o valor médio dos animais comercializados nos cerca de 150 leilões realizados em todo o país foi de R$ 32,5 mil. “Esse valor vem crescendo nos últimos cinco anos, o que tem atraído mais criadores dispostos a investir no Quarto de Milha para lucrar com a venda de animais, segmento que movimentou quase R$ 170 milhões no ano passado”, afirma o dirigente.

Entretanto, na visão de Ferreira, é o crescimento do esporte, sobretudo a modalidade da Vaquejada, o grande motor do crescimento do Quarto de Milha no nordeste. “A modalidade é tradicional na região e vem atraindo cada vez mais adeptos. Na última edição do nosso Campeonato Nacional da modalidade, realizada em outubro de 2013, em Lagarto (SE), reunimos quase 600 competidores, vindos de diversos estados nordestinos para disputar premiação total de R$ 230 mil”, afirma Ferreira. “Mas estimativas dão conta que todos os meses as vaquejadas movimentam cerca de R$ 800 mil em premiações em todo o Nordeste”, salienta.

Destaques. Entre os Estados nordestinos, os que mais se destacam na criação do Quarto de Milha são Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. A Bahia concentra, hoje, o maior plantel de cavalos da raça, segundo dados da ABQM. Ao todo são 17,6 mil cavalos no estado. Pernambuco vem logo atrás, com tropa de mais de 15,5 mil animais. Em seguida vêm Paraíba (9,5 mil), Ceará (8,8 mil) e Rio Grande do Norte (8,5 mil).

Quanto ao número de criadores, Pernambuco lidera com mais de 1,3 mil. O Rio Grande do Norte vem em segundo lugar, com 1,2 mil criadores, seguido de Bahia (1,1 mil), Paraíba (964) e Ceará (686).

Para manter o ritmo de crescimento do QM no nordeste, o presidente Marcelo Ferreira informa que a ABQM continuará investindo nas competições de vaquejada em 2014. “Vamos trabalhar para fortalecer ainda mais os núcleos regionais de criadores da região, que é uma das mais promissoras do mercado do Quarto de Milha no Brasil”, conclui o presidente.

Fonte e foto: ABQM

Assovarn afirma apoio à ABVAQ e regras já valem em 2014




O dia de ontem (22) foi um marco para a vaquejada brasileira e a Associação dos Vaqueiros Amadores do Rio Grande do Norte não poderia deixar de contribuir para o engrandecimento do esporte equestre mais popular do Brasil. Durante o primeiro encontro da ABVAQ, o presidente da Assovarn, Tiago Pinto, confirmou apoio às regras da principal instituição de vaquejada no país e que regerá a “nova vaquejada”, com um regulamento unificado para todos os circuitos e parques. “Este é um momento importante para o nosso esporte e a gente não poderia ficar de fora. Queremos afirmar que estamos com a ABVAQ para engrandecer a vaquejada. Este ano, todas as etapas da Assovarn seguirão as regras estabelecidas pela Associação”, comunicou Tiago Pinto.

O Rio Grande do Norte, que sedia o maior campeonato amador do Brasil, esteve presente no primeiro encontro da ABVAQ, que foi realizado no Mar Hotel, na cidade de Recife-PE, e contou ainda com o presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Quarto de Milha de Vaquejada, Paulo Saldanha. Estiveram presentes cerca de 150 pessoas, porém, o RN se mostrou forte e em grande número com a presença de donos de parques, vaqueiros e criadores de cavalos de vaquejada do Rio Grande do Norte, que participam diretamente do circuito Assovarn e que desejam o engrandecimento da vaquejada, não apenas no estado, mais em todo o Brasil.

Para o diretor jurídico da ABVAQ, a situação é crítica perante as exigências de órgãos como Ministério Público e Defensores dos Animais. Segundo Leonardo Dias, se algo não for feito com urgência, a vaquejada poderá se acabar. “ É hora de unirmos forças para que nosso esporte não seja ilegal. Não maltratamos animais, pelo contrário, nós queremos bem aos animais, mas temos que provar isso para a justiça. Por isso temos que nos organizar.”, destacou Dias.

O presidente Tiago Pinto se mostrou satisfeito com o encontro promovido pela ABVAQ e orienta aos filiados da Assovarn que estudem as regras da Associação Brasileira de Vaquejada, pois o regulamento será seguido rigorosamente. Tiago lembra ainda que alguns quesitos serão adaptados com o contexto peculiar da Assovarn, no entanto, todas as ações que promoverão um campeonato dentro das regras da “Nova Vaquejada” serão seguidos dentro do campeonato 2014.

Fonte e foto: Assovarn

Tony PURE venda de potros e coberturas

O garanhão Tony PURE tem produzido muitos campeões de vaquejada, a genética Dash For Cash está provando que é o maior produtor de campeões do Mundo. Adquira já a cobertura deste grande garanhão e tenha a certeza de que terá um excelente animal de vaquejada. Cripim Bispo garante a qualidade dos filhos de Tony: "Se nascer algum filho de Tony que der ruim, pode trazer que eu troco por outro. Eu garanto, só eu mesmo pra fazer isso" (Crispim Bispo).

Venda de coberturas e potros, ligue:

83-9931 4587; 83-9675 2968; 83- 3351 2662; 3351 2514 MONTEIRO-PB

e-mail: crispimbispo@hotmail.com

Veja a Galeria de Fotos dos Animais do HARAS GILDERLAN BISPO (CLIQUE NA IMAGEM)








Conheça melhor a cauda artificial e como foi testada!

A cauda Artificial tem causado algumas dúvidas quando estão sendo testadas em algumas vaquejadas, comentários a respeito de sua eficiência e eficácia.

Diante disso, é que será mostrada uma seleção de imagens de algumas CAUDAS que foram testadas na vaquejada do KIBEBI PARK SHOW.

Lembrando que a cauda artificial, ou como alguns chamam de protetor de cauda, é mais uma alternativa que os fornecedores de gado poderão ter já é notória a perda de muitas caudas de bois durante os eventos, e dessa forma, esses bois que também são artistas das vaquejadas terão essa proteção ou uma prótese.

Acompanhe abaixo e tire suas próprias conclusões:

Existem dúvidas e incertezas a respeito de como é colocada essa adaptação, durante a vaquejada de JATAÚBA-PE algumas pessoas participaram de um teste sobre quem saberia colocar a cauda e dessa forma passar no teste, mas apenas um dentre cinco pessoas conseguiu firmar as cordas no lugar correto.




Algumas caudas que não foram bem colocadas se soltaram ocasionando algumas quedas, mas quando eram bem colocadas suportaram várias pegadas sem ocasionar danos nenhum à cauda natural do boi.